// A artista Irani Rigaud imprime em suas peças a releitura de um Brasil autêntico e de narrativas marcantes. Das diversas expressões da arte, encontrou ofício nos adornos de misticismo e ancestralidade afro-brasileiros. Típico de nossa cultura mestiça, os balangandãs são miniaturas de objetos da sorte em metal, reunidos aos montes, em “pencas”. Irani amplia e transforma esses objetos de fé e sincretismo religioso em “grandes colares” lançados sobre móveis e paredes, que dominam pela beleza, técnica e dimensão. A artista tira proveito de refugos e materiais naturais como contas de madeira, pastilha de côco, madrepérola, conchas, búzios, sementes, cascalho que associados as figas e balangandãs resultam em peças singulares. A artista lança seu olhar sobre símbolos de superstição e reinventa-os em obras de design, com uma estética apurada e cuidadosamente refinada.

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